sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Post Final (desta vez é a sério)

Abriu o Novo Século. A partir de agora eu e o João Ribeirinho Soares escreveremos aí.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Post final

Está na hora do adeus. Desde o principio este foi um blog temporário, que me serviria para a acampar até arranjar uma nova casa. E esta foi arranjada: Arranjei uma casa de praia blogosferica aqui, e em breve arranjarei em breve uma casa de campo aqui. Portanto está na altura de levantar arraiais, por a tenda ás costas , e marchar para a próxima paragem.

Adeus Roullote blogosferica

sábado, 23 de fevereiro de 2008

O Casal Maravilha, O apito encarnado e As super equipas do Ministério Público



Sobre a entrevista do Sr Presidente do FCP dada ontem à noite à SIC, na qual Pinto da Costa compara o Ministério Público à PIDE, diz que há perseguição, etc queria dizer umas coisas sobre o casal maravilha, sobre o Benfica e sobre as denominadas Super Equipas..

- Luís Filipe Vieira e José Veiga são acusados de combinar árbitros para os jogos do Benfica com o então presidente da Comissão Arbitragem da Liga, Luís Guilherme, e de aliciar um jogador do Estoril na véspera do Estoril-Benfica no Algarve;

- Luís Filipe Vieira, ainda como presidente do Alverca, pagou a Fernando Seara cerca de 100 mil contos para que o clube satélite do Benfica ficasse na 1.ª divisão, numa jogada que prejudicou o Gil Vicente;

- O fiscalista Saldanha Sanches, marido de Maria José Morgado, trabalha há vários anos para Luís Filipe Vieira;

- Maria José Morgado e o marido Saldanha Sanches, estão ligados a vários negócios e questões fiscais das empresas ligadas a Luís Filipe Vieira;

- Existe um processo judicial anterior dirigido por Maria José Morgado, o denominado processo das Finanças, no qual o actual presidente do Benfica terá sido beneficiado - uma empresa da qual Vieira era sócio comprou a Fábrica de Louças de Sacavém a preço simbólico e construiu ali um condomínio privado no qual viviam quatro directores de Finanças;

- Vários inspectores da equipa constituída por Maria José Morgado para a investigação do Apito Dourado são referenciados como estando controlados pelo presidente do Benfica, a quem alguns dos inspectores da PJ deveriam favores, nomeadamente o inspector Sérgio Bagulho.

Cuba libre!


Quando é que estes vão reconhecer os crimes contra a humanidade de regimes como a Coreia do Norte, Cuba, Irão, etc... Após a renúncia de Fidel ainda nada se ouviu do PCP sobre o assunto. NADA! Já é costume e estamos habituados... Os presos politicos, os exilados e a falta de liberdade daquele povo nada interessa aos dirigentes comunistas... estão mais importados em denunciar a prisão de Guantanamo que alberga TERRORISTAS, HOMENS POTENCIALMENTE PERIGOSOS PARA A HUMANIDADE, ETC do que a verdadeira crise para a humanidade que reside na ilha.. o Regime do Camarada Fidel...

Olá

Peço desculpa a todos os leitores por ainda não ter aqui escrito nada mas estive quase sem tempo nenhum. Agora que estou nesta roullote blogosférica, que deixou de ser só do Ávila, vou tentar aplicar-me e deixar aqui o meu contributo com a regularidade que for possível.

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

A IV Republica




Não podemos deixar de ir a Lisboa e não ficarmos fascinados. Ela é totalmente diferente das restantes cidades portuguesas: tudo na capital imana grandeza, cosmopolitismo e monumentalidade. Lisboa é uma metrópole. Lisboa é uma cidade Imperial, e é nesta última característica que reside a causa da grandeza de Lisboa. Durante 400 anos a necessidade de administrar um império extremamente vasto de uma forma extremamente centralizada, bem como a contínua chegada de riquezas, transformaram a pequena capital de um dos reinos mais pobres da Europa numa das metrópoles mais esplendorosas do mundo ocidental.

Mas hoje o império já não existe e no entanto, a forma de governar o agora pequeno país em pouco se diferencia da maneira como se governava o Império, ou seja, de forma ultra-centralizada. E ironia das ironias, o centralismo cujo o objectivo é manutenção da unidade e coesão nacional a todo custo unicamente provoca divisão do país em dois: de um lado temos a Grande Lisboa que continua a ser e a viver como Cidade Imperial, com os seus 2.8 milhões de habitantes e 45% do PIB nacional; do outro lado o resto do país que muito simplesmente definha numa "austera, apagada e vil tristeza". Temos como exemplo no nosso distrito do Porto cujo o PIB per capita é um dos mais baixos da Europa (cerca de 80% da media nacional). Isto se não formos a falar das regiões interiores cuja desertificação e abandono fazem mais lembrar as longínquas estepes asiáticas do que uma região dum moderno país europeu.

Na minha opinião a solução pode ser dita em três palavras: regionalização, regionalização, regionalização. Esta deveria constituir um sistema tri-camarário. Primeiro teríamos as assembleias regionais com alguma autonomia administrativa e orçamental. A própria região deveria poder controlar algum dos impostos nomeadamente o IRC. Depois a nível central e nacional teríamos duas câmaras: uma câmara baixa, (que poderia ser a actual assembleia da republica) e uma câmara alta, com uma representação igualitária das regiões, por onde teriam que passar todas as propostas de leis aprovadas pela câmara baixa que dissessem respeito a alguns aspectos da politica interna do país. Só assim possibilitaríamos um crescimento maior e mais uniforme do país.

Contudo, nem tudo são rosas. A existência de varias regiões com autonomia administrativa pode, caso não haja qualquer tipo de controlo, provocar uma “ode orgiástica” á expansão megalómana do deficit publico. Para evitar isto é necessário criar um regulamento de controlo dos deficits regionais, que preveja a aplicação de penalizações às regiões que não excedam um determinado deficit.

Só aplicando esta forma de regime, esta IV Republica, é que poderemos quebrar a barreira que se criou entre os dois “Portugais”, de forma a que de várias regiões haja um só país: “E pluribus unum “

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

A importância da Ética nos cargos políticos

Pelos vistos o actual primeiro-ministro da Republica Portuguesa José "eu estou acima de qualquer suspeita" Sócrates, assinou uma serie de projectos de engenharia civil que não eram da sua autoria. Pessoalmente a mim isso não me espanta nada: se se tirar um curso “aldrabado” (unicamente por razões de prestigio social) ter-se à também que recorrer à “aldrabice” na vida profissional, dada a escassez ou mesmo inexistência de conhecimentos. O que me espanta sim é que um homem que demonstra este tipo de ética, ou falta dela, possa continuar a ser primeiro-ministro duma democracia ocidental, em pleno século XXI. Ou acham que para exercer o cargo Primeiro-ministro (com o poder e responsabilidade que acarreta) não é preciso ética? Eu pergunto-me: se o cidadão José Pinto de Sousa (sim esse é o ultimo nome de Sócrates) está disposto a fazer varias vezes na sua vida profissional, um acto classificado pelo penalista Manuel Costa Andrade como uma “fraude à lei” e unanimemente condenado pela Ordem dos Engenheiros e pela APET (Associação Portuguesa de Engenheiros Técnicos), o que é que o politico José Sócrates, não estará disposto a fazer no exercício dos seu cargo de primeiro ministro?

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Histórias de um iluminado

Ontem o inspector-geral da ASAE, sr. António "Moral e Bons Costumes" Nunes foi ao parlamento. Ás 16 perguntas directas que o deputado Mota Soares lhe fez, o senhor Iluminado, conseguio não responder a nenhuma.
Ficou também por esclarecer três aspectos essenciais á cerca desta espécie de inquisição dos comes e bebes:
Porque é que é a única organização de fiscalização alimentar que é uma força policial?
Porque é que tem membros a ter treino militar?
Conclui-se também a partir das respostas que o Sr. "Moral e Bons Costumes", que a ASAE tem usado dum brutal e excessivo Zelo na forma de aplicação da lei (basta pensar que cerca de 80% dos processos são ganhos pelos réus), demonstrando como o sr. Presidente insinuou "falta de bom senso"; bem como uma sede de fama e gloria, obtida através de megamediatização das operações, coisa muito pouco saudável em qualquer força de segurança.
Por isto tudo senhor ASAE, demita-se!!

sábado, 12 de janeiro de 2008

Leitura do mês



“Gallia omnia divisa in partes três”. A Gália encontra-se dividida em três partes. Assim começa “A da guerras das Gálias” de Júlio César. Através duma brilhante prosa, César descreve-nos os vários aspectos da Gália: o seu clima, os seus povos e os seus costumes. Depois através dos olhos deste colosso da história vemos como se passou a conquista da Gália ao pormenor: as batalhas, as alianças, os heroísmos, as grandes vitorias, as traições e os massacres. Também temos uns vislumbres dos motivos que levam César a marchar sobre Roma.

Mas o mais interessante sem duvida é o narrador em si: estranho homem este que descendente duma família patrícia, tratava os seus soldados por “camaradas” (que tinham por ele uma devoção que roçava o fanatismo), e combatia com eles na linha da frente. Mas César não era só o general. Havia mais facetas: César o politico, César o escritor, César o advogado. Em todas estas ele brilha, e da lei da morte se liberta.

Um homem extremamente avançado para a época e com uma visão grandiosa do mundo e da sociedade, acabou por entrar em choque com a visão estática e mesquinha do mundo, vigente na facção dominante do senado romano da altura: os “Optimates” ou partido oligárquico. Este choque de visões, tempos e de mundos acabaria por levar à guerra civil, da qual César emergiria triunfante como senhor absoluto de Roma.

Acima de tudo esta obra é uma lição brutal de politica e da estratégia, lição que nos é dada por o maior especialista de todos os tempos nas matérias em causa. Recomendo.

Desmancha-prazeres...

Está tudo aos pulos de felicidade com a decisão do governo de construir o aeroporto em Alcochete: “É uma vitoria sobre a politica despesista!” “É o fim da politica do betão!”.

Se os meninos parassem para pensar e fizessem umas continhas percebiam que a redução dos custos da Ota (essa obra faraónica) para Alcochete (essa obra mesmo barata), são menos de 4%.

E se ainda fizessem outra continha, percebiam que a opção portela +1 levava a uma redução de custos de 70,5% em relação á Ota, e de 69.4% em relação a alcochete .

Já não estamos tão felizes pois não?

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

A vitoria de Pirro dos Iluminados

Está tudo estérico: mais uma vez Portugal é o centro das atenções da Europa. Várias personalidades europeias avisaram o governo português do perigo de fazer o referendo. O próprio presidente da Republica avisa do perigo que daí decorre. Em tudo isto se vê o verdadeiro motivo dos defensores da ratificação parlamentar: o medo do chumbo.
Entretanto a TSF anuncia que não haverá referendo, e os "eurofóricos" abrem o champanhe, não tendo consciência que devido á sua irresponsabilidade, podem muito bem estar a lançar as sementes da destruição da Europa. Efectivamente o efeito de uma ausência de consulta popular ao tratado, levará á fraca legitimidade deste aos olhos das população , e por consequência os vários governos nacionais, que se seguiram a estes, não hesitaram em rasga-lo caso isso faça parte dos seus interesses.
Os Euroforicos comemoram uma vitoria; não sabem que é uma vitoria de Pirro.

Engenheiros e Arquitectos um antepassado comum?

Marcus Pollius Vitruvius, nascido em 80 AC, foi um engenheiro, arquitecto e escritor romano. Serviu no exército de Júlio César, na Hispânia e na Gália onde contribuiu para a construção de maquinas de guerra, fortalezas e outras obras militares. Neste período, a sua obra de engenharia mais brilhante, foi sem duvida a construção duma ponte sobre o rio Reno , em pouco mais duma semana, cujos os alicerces ainda hoje existem. Também se distinguiu bastante no campo da engenharia hidráulica.

A sua obra mais importante é sem duvida o seu livro “Da Arquitectura” que constitui , um importante manual de arquitectura e engenharia civil (devemo-nos lembrar que à época ambas as disciplinas eram muito pouco diferenciadas). O livro encontra-se dividido em dez volumes tratando cada um os seguintes assuntos:

1) Planeamento, arquitectura ou engenharia civil em geral, e as qualificações necessárias a um arquitecto, ou engenheiro civil.

2) Materiais

3) Templos e ordens arquitectónica

4) Continuação do livro 3

5) Edifícios Públicos

6) Edifícios Privados ou habitacionais

7) Pavimentos

8) Sistemas de abastecimento de água (hidráulica).

9) Ciências que influenciam a arquitetura ou engenharia civil (geometria, astronomia matemática etc.)

10) Uso e construção de máquinas (Este capitulo é mais para os engenheiros mecânicos)- maquinas de guerra, gruas, pneumática etc.

Também o que nos fica na mente desta obra é as três características necessárias a uma estrutura – firmitas, utilitas, venustas- força (parte estrutural), utilidade e beleza (parte estética).

Neste homem, arquitectos e engenheiros tem um antepassado comum tendo os arquitectos herdado a estética e os engenheiros tudo o resto.

Deus nos livre de pensar o contrário...

A DGS, decidiu hoje que os casinos (locais de trabalho fechados) terão uma lei do tabaco mais favorável. Mea Culpa, mea Culpa que cheguei a pensar que o director da ASAE (essa especie de PIDE da moral e bons costumes alimentares) , poderia ter quebrado a lei, ao fumar dentro dum!!